[Resenha] Sangue e Areia (O rei dos malnascidos Vol.01) - Elias Paixão

Descontrolados,

          Hoje trago para vocês a resenha o primeiro livro que recebi como parceria com o autor Elias Paixão. Então vamos nos aventurar em um mundo cheio de magia e fantasia!

Título: Sangue e Areia - O rei dos malnascidos Vol.01

Autor: Elias Paixão

Gênero: Alta Fantasia

Sinopse: Nos tempos antigos, o primeiro dos magos derrotou os deuses, conquistou toda Ãh Rahresh e dividiu a sociedade. Durante milênios a soberana casta dos magos governou o mundo através do Conselho Doszil e agora, quando menos esperavam, foram desafiados. Após matar um poderoso sultão, Fahrak, que no passado desertou da academia de formação de magos, torna real o sonho de luta pela igualdade. Os rumores de que os magos não conseguem vencê-lo aumenta a cada dia e a esperança começa a surgir no coração dos malnascidos. Enquanto isso, Aisha, uma adolescente diante da inesperada morte da mãe, descobre seus poderes e decide enfrentar o terrível e perigoso teste de admissão na Academia Doszil. Longe de apenas querer ser aceita na poderosa casta, Aisha pretende provar que é digna do reconhecimento do pai, mas quando mergulha de cabeça nesse mundo de preconceitos e intrigas, percebe que está mais envolvida com o destino do continente do que pode imaginar.

          O livro nos capítulos intercalados nos apresentando seus personagens e nos mostrando como eles chegaram em determinada situação. O primeiro que conhecemos é Fahrak, o desertor da acadêmia Doszil de que tem por objetivo formar magos vindos das mais prestigiadas castas de Ãh Rahresh. Ele não concorda com os costumes impostos pelo Conselho que preza a desigualdade entre renascidos (descendentes de Doszil) e os malnascidos (não ter um pai ou mãe Doszil e ainda assim possuir afinidade com a magia) e diversas mutilações ritualísticas que denominavam a superioridade de determinadas castas. 

— Aberrações como você e sua casta gastam fortunas até que seus palácios fiquem bonitos e charmosos. Habitam no ouro, mas vivem como tolos.

          Ele é um personagem audacioso, poderoso e destemido que assassina um dos sultões de Ãh Rahresh, toma suas terras para si e se prepara para a guerra. No início do livro, não sei porque mas a nítida visão de que Fahrak seria um vilão mesmo lutando pela igualdade entre as castas devido a uma certa arrogância de sua parte. Porém, no decorrer dos capítulos, conhecendo-o melhor, vi que ele apresenta uma humildade incrível e uma preocupação com o bem estar de seu povo sem contar com o senso de justiça na tomada de decisões.

          Depois nos deparamos com Aisha, possuidora de magia e filha de uma beduína e de Ofíris, um grande sultão de Yaati e Doszil. Devido seu pai não ter reconhecido a paternidade, Aisha é considerada um malnascida. Ela acabou perdendo sua mãe e tornou-se órfã. Aisha se submete a diversos testes para entrar na academia Doszil para tentar uma vida melhor e também para mostrar à sua meia irmã Milah que ela é capaz, já que vivia na miséria, não tinha mais nada a perder e não aguentava mais passar pelas humilhações de Milah.

— Não me faça rir, sua malnascida — abriu o leque novamente e se abanou mais forte. — A Academia não é para a tua laia.

          Durante as provas para ingresso na academia, Aisha conhece Iris (manifestação dos sentimentos em formas de animais), Talif e Hakin que, como ela, são malnascidos e juntos irão enfrentar de tudo para sobreviverem ao Grande Verão e aos Dois Sois. Será que uma malnascida é capaz de tal feito? Os obstáculos são terríveis e essa é a experiência mais mortal que a jovem já enfrentou.

                                 Iris                                   Ofíris                            Alamar (esposa de Ofíris)

          É difícil dizer mais sobre o enredo do livro sem prejudicar os futuros leitores da obra, mas o que posso dizer é que esse livro é extremamente envolvente, com uma leitura rápida (levei apenas um dia para concluir) e muito bem escrito. Não havia lido nada parecido antes em relação ao cenário e todos os adereços que compunham os personagens. Sempre que chegava a algum ponto do livro que descrevia as vestimentas e jóias, vinha a seguinte imagem à minha cabeça:

          Um ponto que, para mim foi negativo na leitura, é que o nome dos personagens eram muito complexo e eu não consigo memorizar com facilidade e, muitas vezes, via um nome e tentava associar qual personagem era e acabava tendo que voltar um pouco na leitura ou mesmo em determinado capítulo que eu lembrava que o personagem havia sido introduzido. Particularmente, gosto de nomes mais fáceis e memorizo rapidamente. O interessante é que ao final do livro, contamos com um glossário que explica diversos termos utilizados em relação às castas, aos fenômenos, materiais e objetos.
          Mesmo assim achei a leitura agradável, a escrita bem feita e uma forma muito criativa de discutir o tema da desigualdade social.
          Recomendo a leitura e mal posso esperar para ler o segundo volume de título Filha do Segredo (O Rei dos Malnascidos Vol.02) que tem previsão de lançamento para o e-book em 10 de Setembro.

Bjux e até a próxima Descontrolados.